segunda-feira, 16 de março de 2009

ULISSES DE MARIA ALBERTA MENÉRES

Depois de leres a obra Ulisses aqui ficam umas perguntas sobre a obra.

Caça ao Pormenor

Quem contou pela 1º vez as aventuras de Ulisses?

Onde vivia Ulisses?


Como se chamava a esposa de Ulisses?


Como se chamava o filho de Ulisses?


Como se divertia Ulisses?


Como se chamava a rainha grega que foi raptada?


Indica o nome do raptor.


Que consequência teve esse rapto?


Indica a principal característica de Ulisses.

Ulisses era __________________.


Ulisses foi ou não para a guerra?


Contra que povo lutavam os gregos?


Quantos anos durou a luta?


Que ideia teve Ulisses para pôr fim à guerra?


Completa a frase:

Os troianos sabiam que os gregos não eram _________. Ficaram _____________ e _______________.


Quantos dias passaram até que os troianos se convencessem que os gregos tinham partido de verdade e não voltavam mais?


O que encontraram os troianos às portas da muralha?
Quantos dias duraram os festejos em honra dos Deuses?

Como festejaram os troianos?

Depois da destruição de Tróia Ulisses ficou a ser conhecido como ______________________.

Ulisses reuniu-se com quantos marinheiros para voltar a Ítaca?





sexta-feira, 13 de março de 2009

A CAIXINHA DE MÚSICA

Catarina não gostava da cara que tinha. Achava-se feia, com o seu nariz arrebitado, a boca grande e os olhos muito pequeninos.
Na escola, as crianças não queriam brincar com ela. Preferiam outras companhias.
Corriam pelo pátio, muito alegres, fazendo jogos em que Catarina nunca conseguia entrar.
Quando a campainha tocava, no fim das aulas, pegava na pasta de cabedal castanho, punha-a às costas e ia sem pressa para casa, colada às paredes, com medo das sombras, dos gracejos dos rapazes mais crescidos. Com medo de tudo que pudesse tornar ainda mais triste a sua vida.
«Tens mesmo cara de bolacha.» – dissera-lhe, dias antes, uma rapariga da sua turma.
Ficou muito magoada com aquelas palavras que lhe acertaram em cheio, como uma pedrada, em pleno coração.
E lá andava ela com os seus olhos pequeninos e tristes, com os pés para o lado, a ver se descobria alguém que conseguisse gostar dela, nem que fosse só um bocadinho.
No caminho para casa encontrava todos os dias o homem do realejo.
Era muito velho e estava sempre a sorrir. Trazia, poisado no ombro, um grande papagaio de muitas cores que passava o tempo todo a dormitar.
Quase ninguém reparava no velho que tocava cantigas muito antigas, à esquina de duas ruas sem sol. Era um homem solitário.
Quando fez anos, Catarina levou-lhe uma fatia de bolo de aniversário, com cerejas cristalizadas e algumas velas em cima. O velho ficou muito comovido, guardou o bolo dentro de um saco branco e foi-se embora, para ela não ver a sua cara enrugada cheia de lágrimas.
Um dia, quando saiu da escola, foi procurar o seu amigo. Deixou que ele lhe agarrasse na mão e ouviu-o dizer numa voz muito sumida:
«Vim hoje aqui com muito sacrifício só para te dizer adeus. Vou partir para muito longe, mas gostava de te deixar uma recordação minha». Meteu a mão no bolso do sobretudo e tirou uma pequena caixa de música.
«Esta caixinha é muito, muito velha. Nem se sabe ao certo a sua idade. Sempre que
a abrires e tiveres um desejo ele há-de realizar-se imediatamente».
Catarina ficou muito contente a olhar para a caixa e quando quis agradecer ao amigo já não o encontrou.
Catarina levou para casa a caixinha de música e escondeu-a com muito cuidado para ninguém a descobrir. O desejo não demorou a surgir: queria deixar de ser feia.
Pôs-se à frente do espelho, abriu a caixa e pensou no seu desejo com quanta força tinha. Da caixinha saía uma música muito bonita. Catarina olhou para o espelho cheio de receio de que o sonho não se tivesse tornado realidade. Mas não. Ninguém iria acreditar quando a visse com a sua nova cara, o ar alegre e bem disposto.
A sua vida modificou-se completamente. Passou a ter amigos. Já ninguém falava da sua cara, da sua maneira esquisita de andar.
Um dia perdeu a caixinha de música. Ao fim de uns dias, a magia começou a desaparecer lentamente. A boca alargou, os olhos voltaram a ficar muito pequenos.
Sentiu de novo uma grande tristeza e apeteceu-lhe fugir para muito longe ou nunca
mais sair de casa.
Ao fim de algum tempo, acabou por se decidir: começou a sair à rua, a ir à escola.
E, com grande surpresa sua, os companheiros de escola, os amigos falavam-lhe como se nada tivesse acontecido, como se a sua cara não tivesse voltado ao que era dantes.
A tristeza desapareceu e Catarina percebeu que o importante não é a cara que as pessoas têm mas a forma como são na vida, no mundo, como sabem ser solidárias com os outros.

José Jorge Letria, Histórias quase Fantásticas,Edições Ró (adaptado)

sexta-feira, 6 de março de 2009

O preguiçoso

Chamava-se João e vivia com a mãe.
Eram pobres, muito pobres. A mãe trabalhava todo o dia fiando na roca, mas os rendimentos eram poucos.
João não gostava de trabalhar e a mãe sofria por ver que ele era muito preguiçoso.
No Verão, passava os dias deitado ao sol, à porta de casa; e no Inverno, sentava-se todo encolhido ao pé do lume da lareira.
Chamavam-lhe o João preguiçoso e era um bocadinho parvo.
Cansada de tanto o repreender, a mãe, um dia resolveu abandoná-lo.
Então, pela primeira vez, o João pensou em trabalhar. E trabalhou um dia inteiro por conta de um lavrador, que à noitinha lhe entregou uma moeda de cobre. Mas o João perdeu a moeda e quando chegou a casa e viu que a tinha perdido, mostrou-se contrariado.
– És tonto! – disse-lhe a mãe. – Se a tivesses guardado no bolso, não a tinhas perdido.
– Para a outra vez hei-de fazer assim.
No dia seguinte foi trabalhar por conta de um leiteiro, que lhe pagou o trabalho com uma bilha de leite.
João aceitou a bilha de leite e despejou o líquido no bolso da jaqueta, encaminhando-se para casa a cantarolar, contente, a moda do balancé.
Chegou com o fato todo sujo, e na mão a bilha vazia.
– Estás cada vez mais idiota! – exclamou a mãe. – Devias trazer a bilha à cabeça, refinadíssimo parvo!
– Verá que para a outra vez não terá que ralhar comigo.
No dia seguinte, foi trabalhar para uma queijaria. À noitinha, o dono recompensou os seus serviços com um belo queijo fresco. João pô-lo à cabeça e dirigiu-se rapidamente para casa.
Como o queijo era muito fresco foi-se desmanchando e partindo, e o João chegou a casa com os cabelos empastados e a cara toda lambuzada.
– És um cabeça-de-alho-chocho – disse a mãe. – Então tu não te lembraste de que era melhor trazê-lo nas mãos?
– Para a outra vez, minha mãe; agora não há remédio.
No dia seguinte, foi trabalhar para casa de uma velha professora de crianças, que lhe deu um gato cinzento, muito felpudo e bonito. João tratou de o levar aconchegado nas mãos, mas o gato barafustava, e acabou por fugir…
– És um estúpido, não há que ver! Se o trouxesses atrás de ti, atado com um cordel, nada disso acontecia.
– Não te zangues, minha mãe; verás que para a próxima já sei como hei-de fazer.
No dia seguinte foi trabalhar para um açougueiro. Em paga dos seus serviços recebeu uma bela perna de carneiro. João atou-lhe uma corda e encaminhou-se para casa, levando-a pelo chão atrás de si. É fácil supor em que estado chegou a carne, arrastada pela poeira e pelo barro dos caminhos.
Desta vez a mãe perdeu a paciência, porque só tinha para a ceia um pedaço de pão duro.
– O que tu precisavas era que eu te desse uma sova. Porque é que não trouxeste a perna de carneiro ao ombro?
– Perdoa, mãe; não sabia. Para o outra vez já sei.
No dia seguinte foi trabalhar com um negociante de gado, que em paga lhe deu um burro. João era bastante robusto; no entanto, só depois dum grande esforço conseguiu pôr o animal ao ombro, e com a maior dificuldade podia dar algum passo.
A meio do caminho havia uma casa onde morava um lavrador muito rico que tinha uma filha surda-muda. Os médicos diziam que quando alguém a fizesse rir de vontade, ficaria a falar e a ouvir.
Aconteceu que o João passou com o burro às costas precisamente no momento em que a pequena se aproximava da janela.
O animal, de barriga para o ar, debatia-se, roncava, tão ridículo, tão cómico, que ela soltou uma gargalhada, vibrante, clara, saudável!
O pai acudiu, ansioso, verificando que a sua filha falava, cantava, ria, numa alegria infantil, encantadora e profunda.
Depois de alguma conversa, ajustou-se o casamento. Casou com ela o João. E o João ganhou juízo, e foi feliz com a mulher.
António Botto, Histórias do Arco da Velha, Minerva Ed.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Concurso de Leitura

Hoje, realizou-se na na sede do nosso agrupamento, na Escola E.B.2,3/S São Sebastião de Mértola, o XVII Concurso de leitura.

Um muito obrigado e parabéns a todos os que participaram!

4º ano
1º classificado
Laura Paixão
EB1 de Corte do Pinto
2º Classificado
Rafael Marçalo
Centro Educativo de Santana de Cambas
3º classificado
Ana Catarina
EB1 de Corte do Pinto5º ano
1º Classificado
Ana Patrícia Domingues
5ºA2º Classificado
Fábio Garrochinho 5ºC3º classificados
Cristina Nunes 5ºA
Daniel Semião 5ºA
Teresa Costa 5ºB

6ºAno
1º classificada
Maria João Portugal 6ºB2ª classificada
Mª Luísa Macias 6ºC3º classificadas
Carolina Salvador 6ºB
Carolina Lopes 6ºC


Até para o ano!!!

terça-feira, 3 de março de 2009

Polifemo


Como sugestão de leitura na Semana da Leitura aqui deixo uma obra que encantará todos aqueles que a lerem.

Ulisses e os companheiros reuniram-se logo no meio da caverna e combinaram o que haviam de fazer. O pedregulho que tapava a entrada era muito pesado e não conseguiram sequer movê-lo um centímetro. Se matassem o gigante, acabariam por ficar ali fechados para sempre. Mas se conseguissem que fosse o próprio gigante a afastar o pedregulho... E como?

Bom, primeiro resolveram retemperar as forças perdidas após tantos sustos e tanta aflição. Acabaram de assar o veado e comeram-no, beberam o leite das ovelhas e das cabras e descansaram um pouco. Depois pegaram num tronco de árvore fina que ali encontraram e aliaram-no muito bem na ponta. Nas cinzas da fogueira tornaram essa ponta incandescente. E então, todos à uma, apontando a ponta ardente na direcção do único olho do gigante adormecido. (…)

No meio da noite cerrada, os seus urros, e gritos ecoavam de uma forma tremenda.

Ele atroava aos ares:

- Acudam, meus irmãos! Acudam, meus irmãos!

Maria Alberta Menéres, Ulisses, Ed. ASA

Os ciclopes das outras ilhas acordaram estremunhados e disseram uns para os outros:

- É Polifemo que está a chamar por nós, e está a pedir socorro. Temos de ir lá ver o que é, temos de lhe acudir!

(...) E chegaram todos à porta da gruta onde morava Polifemo (...)

A conversa que se seguiu foi esta:

- Ó Polifemo, o que tens?

- Ai meus irmãos, acudam! Ninguém quer matar-me...

- Pois não, Polifemo, ninguém te quer matar.

- Não é isso, seus palermas! O que eu estou a dizer é que ninguém está aqui e Ninguém quer matar-me!

- Pois é, rapaz! E o que estamos a perceber muito bem: ninguém está aqui e ninguém te quer matar...

- Não é isso, seus idiotas!...

E não havia maneira de se entenderem uns com os outros. Quando os ciclopes perceberam que o Polifemo estava já muito zangado, dizendo sempre aquelas coisas que eles já tinham ouvido.(...)


Maria Alberta Menéres, Ulisses, Ed. ASA

segunda-feira, 2 de março de 2009

Semana da Leitura


A Semana da Leitura decorre entre os dias 02 e 06 de Março.

Na nossa escola vão realizar-se várias actividades no âmbito da Semana da Leitura, entre elas o XVII Concurso de Leitura, 4ª feira dia 04, e sessões de leitura de excertos de obras ou contos por parte de convidados em parceria com a Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos. Hoje, por exemplo, a D. Silvana Ferreira, da Associação de Comerciantes, leu para os nossos alunos do 6ºB a obra de Luísa Ducla Soares "Tudo ao contrário".